Agricultores e exportadores sul-americanos estão animados com o acordo que concede acesso irrestrito ao mercado europeu, no entanto, há temores de que cláusulas ambientais possam limitar o comércio e a oposição de alguns países da União Europeia (UE) possa freiar as expectativas.

Carlos Castagnani, presidente da Confederações Rurais Argentinas, considera a abertura de mercado favorável, mas rebate que é necessário analisar atentamente as condições e garantir que a forma de produção seja respeitada. “Qualquer abertura de mercado é favorável, acho que é uma oportunidade, mas temos que ver as letras miúdas, quais são as condições”, disse. “Teremos que analisar o acordo ponto a ponto e trabalhar com os diferentes pontos de vista”, explicou.

Mesmo com o acordo, há diferenças entre os blocos que decorrem das exigências ambientais e sociais feitas pela Europa, como limites ao uso de sementes geneticamente modificadas e ao desmatamento, práticas comuns na América do Sul e ligadas ao avanço da produção agrícola. A câmara argentina de exportadores e processadores de grãos destacou que, embora o acordo tenha sido um passo positivo, o seu impacto real não será imediato.