China vive febre de supermercados russos
Centenas de supermercados russos surgiram na China nos últimos 12 meses, tornando-se um sucesso repentino e chamando a atenção do governo do presidente Vladimir Putin, que planeja lançar uma rede concorrente com 300 unidades.
A loja “Russia Quality Select”, no centro de Pequim, é um exemplo disso. Dois homens em busca de cerveja optam por uma garrafa de Baltika No. 7, uma lager leve e muito popular na Rússia. A cena se repete em todo o país, com centenas de lojas semelhantes surgindo em grandes centros comerciais chineses, de Shenzhen a Ürümqi.
A gerente de uma dessas lojas em Pequim destacou que chocolates e leite em pó infantil estão entre os itens mais vendidos. O crescimento da “Marca Rússia” nas lojas chinesas reflete a forte relação comercial entre os dois países, que movimenta US$ 245 bilhões por ano, superando os negócios da China com a Alemanha e o Brasil.
Essas lojas são um exemplo mais recente de como a amizade “sem limites” prometida por Xi Jinping e Putin está cada vez mais presente no dia a dia dos consumidores chineses. O fenômeno também reflete o crescimento da russofilia na China, impulsionada desde os altos escalões.
A presença dessas lojas russas na China é vista como mais um sinal do fortalecimento dos laços entre os dois países, que estão cada vez mais próximos em termos de comércio e política.
