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O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, viveu momentos de desânimo e angústia antes de sua audiência com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da tentativa de golpe de Estado, marcada para esta quinta-feira (21). O militar, que firmou um acordo de delação premiada em setembro de 2023, tem demonstrado preocupação com a possibilidade de perder os benefícios do acordo devido a omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) durante seu depoimento no dia 19 de novembro.

O tenente-coronel Cid já estava preso desde maio de 2023 por sua participação na inserção de dados falsos nos cartões de vacina de Bolsonaro, mas obteve a liberdade com a assinatura do acordo de colaboração. Entretanto, o risco de perder a delação, após novas revelações da PF sobre trocas de mensagens que o indicam como ciente de um monitoramento ilegal contra o ministro Alexandre de Moraes, gerou um ambiente de apreensão.

Pessoas próximas ao tenente-coronel relataram que ele teme ser preso novamente, caso o acordo seja cancelado.