O presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, propôs um acordo ao presidente dos EUA, Donald Trump: ajude o país a derrotar a força rebelde M23 e, em troca, o Congo concederá acesso a uma vasta quantidade de minérios necessários para as empresas de alta tecnologia dos EUA.
Em uma carta enviada a Trump em 8 de fevereiro, Tshisekedi ofereceu oportunidades de mineração ao Sovereign Wealth Fund, uma entidade criada pelo presidente americano poucos dias antes. O presidente congolesa destacou que a parceria proporcionaria aos EUA uma vantagem estratégica, garantindo minérios críticos como cobalto, lítio, cobre e tântalo.
Tshisekedi pediu a Trump um “pacto formal de segurança” para ajudar o exército congolês a derrotar o M23, um grupo rebelde apoiado por Ruanda que recentemente derrotou soldados congoleses, tropas das Nações Unidas e mercenários privados, e tomou cidades-chave no leste rico em minérios do Congo.
A carta não especifica que tipo de apoio militar o Congo deseja dos EUA, mas a oferta ocorre ao mesmo tempo em que Tshisekedi está em negociações com Erik Prince, um aliado de Trump que fundou a controversa empresa militar privada. A proposta pode ser uma oportunidade para os EUA aumentarem sua influência na região e garantirem o acesso a recursos naturais importantes.
O acordo proposto pelo presidente congolesa destaca a importância estratégica do Congo na produção de minérios críticos para as tecnologias de ponta e a disposição do país de negociar para garantir a estabilidade na região.