O Banco Central elevou a taxa Selic em um ponto percentual para 14,25%. Além disso, sinalizou que pode haver mais uma alta na próxima reunião, em dose mais branda.
Essa é a quinta alta consecutiva do juro básico e a segunda elevação decidida pelo comitê na gestão do atual presidente do BC. A última vez que o juro básico da economia esteve nesse nível foi em agosto de 2016.
A decisão foi tomada em resposta à piora das expectativas dos agentes de mercado sobre o comportamento da inflação. A projeção do mercado é de uma alta de 5,66% do IPCA neste ano, bem acima da meta de 3%. Para 2026, a projeção está em 4,48%.
Se o Copom optar por uma nova elevação do juro, a taxa pode voltar ao maior nível desde julho de 2006, quando estava em 14,75%. A nova elevação pode ocorrer se o cenário adverso atual permanecer até maio, quando acontece a próxima reunião de política monetária.
O cenário adverso inclui a divergência da inflação em relação à meta, a elevada incerteza e as defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso. A decisão foi unânime e está em linha com as expectativas do mercado.