É verdade que a bolsa brasileira não vive seu melhor momento. Após a divulgação de um ajuste fiscal aquém do esperado por parte do governo, somado à isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, o Ibovespa derreteu.
No ano, o principal índice da bolsa acumula queda de -5% e chegou a negociar a 124 mil pontos na última semana, frente à decepção e à incerteza do mercado acerca das últimas notícias.
Com isso, já se estima que o Copom (Comitê de Política Monetária) eleve a Selic em 0,75 p.p na próxima reunião, marcada para os próximos dias 10 e 11 de dezembro, de acordo com a projeção de analistas. Assim, a taxa básica de juros deve atingir 12% ao ano.
Em torno de tantas notícias negativas, o pessimismo tomou conta do mercado e há quem diga que as oportunidades na bolsa brasileira já se esgotaram e é hora de “pular fora”.
No entanto, Larissa Quaresma, analista da Empiricus, discorda. Na visão dela, apesar de termos perdido o grande gatilho que tínhamos à vista para a bolsa – que era o ajuste fiscal –, isso não significa que a bolsa brasileira deixou de ser interessante.
“Nessas horas em que o mercado está muito pessimista, é quando costuma aparecer um gatilho do além, que gera uma cascata positiva de reapreçamento”, afirma.