É Preciso Consertar o Dinheiro

O progresso histórico da humanidade é inegável: nosso tempo se tornou cada vez mais produtivo. Para armazenar esse tempo despendido, criamos o dinheiro. Por milênios, sociedades experimentaram diferentes tipos de moeda para entender que ela, assim como as nossas horas, deve ser escassa. No entanto, o dinheiro que usamos hoje vai em sentido oposto ao do nosso crescimento. Ao longo dos anos, o seu poder de compra se deteriora e perde valor diante dos avanços que conquistamos. Em vez de seguir o curso natural de nosso desenvolvimento, o dinheiro está desalinhado e não serve mais ao seu propósito original. Algo parece estar quebrado.

A criação dos bancos centrais e a delegação do controle da emissão de moeda ao Estado representam, na essência, uma entrega também do controle sobre nosso tempo e trabalho. Hoje a oferta de dinheiro é definida por essas instituições, distorcendo o valor de nosso esforço. Essa entrega de controle implica que o dinheiro não mais serve ao seu propósito original, o qual é armazenar o valor do tempo e do trabalho humano.

Isso causa um problema significativo, pois ao longo dos anos, o poder de compra do dinheiro se desvaloriza, enfraquecendo o seu papel como um armazenamento de valor. Além disso, essa perda de valor também afeta a justiça social, pois as pessoas que trabalham mais intensamente e honestamente não são recompensadas devidamente pela sua contribuição à sociedade. É necessário consertar esse problema para que o dinheiro volte a ser um instrumento eficaz para armazenar o valor do tempo e do trabalho humano.