Em disputa com Petrobras, Acelen segue com plano bilionário mas futuro incerto em Mataripe
A refinaria de Mataripe, a segunda maior do país, enfrenta um futuro incerto devido a disputas com a Petrobras. A estatal é a principal fornecedora de petróleo, maior concorrente no mercado de combustíveis e potencial compradora do ativo, privatizado em 2021.
A Acelen, empresa controlada pelo Mubadala, que assume o controle da refinaria em 2021 por US$ 1,65 bilhão, importa 40% do petróleo que processa, apesar de atuar no oitavo principal produtor do óleo no mundo. Isso se deve, segundo o CEO da Acelen, Luiz de Mendonça, ao fato de o petróleo brasileiro não ser competitivo o suficiente.
Para contornar os custos mais altos com o petróleo nacional, a Acelen passou a importar principalmente da África. A questão está no centro de uma disputa que se arrasta desde 2022 no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Acelen alega que a Petrobras vende petróleo a preços menos atrativos para ela, favorecendo as refinarias da própria estatal.
A disputa entre Acelen e Petrobras é complexa e envolve interesses financeiros maciçamente. A empresa Acelen afirma que a Petrobras não vende petróleo a preços competitivos, o que lhe impõe custos mais altos e torna mais difícil sua atividade.
O futuro da refinaria de Mataripe depende, portanto, da resolução dessa disputa e da capacidade da Acelen de superar os obstáculos relacionados à falta de competitividade do petróleo brasileiro.