O governo dos EUA ordenou que a Chevron interrompa as exportações de petróleo da Venezuela em 30 dias, encerrando uma licença concedida em 2022. A decisão foi tomada dopo que o governo americano acusou o presidente venezuelano Nicolas Maduro de não fazer progressos nas reformas eleitorais e no retorno dos migrantes.

A Chevron terá até 3 de abril para interromper as exportações, que chegam a mais de 200.000 barris por dia de petróleo bruto da Venezuela. A empresa tem joint ventures com a empresa estatal de petróleo PDVSA, que representam mais de um quarto de toda a produção de petróleo do país.

A decisão do governo americano foi considerada “prejudicial e inexplicável” pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez. As sanções dos EUA e de outros países sempre foram rejeitadas pelo governo venezuelano, que as considera como uma forma de interferência em sua soberania.

A reeleição de Maduro em 2024 foi contestada pela oposição, pelos EUA e outros países, que alegam que o processo eleitoral não foi justo. O governo americano havia condicionado a manutenção da licença à realização de reformas eleitorais e ao retorno dos migrantes venezuelanos.

A decisão do governo americano pode ter graves consequências para a economia venezuelana, que é altamente dependente da exportação de petróleo. O Ministério das Comunicações da Venezuela ainda não se manifestou sobre a medida.