A primeira sessão do dólar após a decisão do Copom de elevar os juros em 1 ponto percentual e sinalizar mais duas altas de mesma magnitude para 2025 foi uma história em dois atos. No começo do dia, a moeda americana acordou em queda livre, caindo abaixo dos R$ 5,90. Já no início da tarde, a história era outra. O câmbio voltou a ficar pressionado e o dólar subiu 0,9%, a R$ 6,0128, sem sinais de arrefecimento.

O resultado final do dia chama a atenção porque vai na ponta contrária do que havia sido ventilado pelo próprio mercado após a decisão do Copom. A expectativa era de uma queda consistente — e não foi o que aconteceu.

A projeção de alívio no câmbio veio da leitura que economistas e analistas tiveram do comunicado do Copom e da sinalização das duas altas adicionais em 2025: duro, porém correto, no caminho certo para levar a inflação de volta para dentro da meta no horizonte relevante.

A decisão do Copom levou a uma reavaliação do cenário de juros, e o dólar sofreu com a expectativa de aumento nos juros. No entanto, a sinalização de mais dois aumentos em 2025 levou a um ajuste nos mercados, e o dólar voltou a subir.

Este resultado contradiz a expectativa de queda do dólar, o que sugere que o mercado está revisitando a estratégia para lidar com a inflação.