Os preços do petróleo caíram mais de 1% nesta sexta-feira, reflexo das preocupações com o excesso de oferta projetado para 2024. Apesar da decisão da Opep+ de adiar aumentos na produção e prolongar cortes profundos até o final de 2026, a demanda global fraca e o aumento da produção em outras regiões pressionaram os preços para baixo.

Preços em queda: Brent e WTI

  • Petróleo Brent: Fechou a 71,12 dólares por barril, com queda de 1,4% (0,97 dólar).
  • WTI (EUA): Fechou a 67,20 dólares por barril, com recuo de 1,6% (1,10 dólar).

Na semana, o Brent acumulou uma perda de mais de 2,5%, enquanto o WTI registrou queda de 1,2%.

Fatores por trás da queda

Aumento de plataformas nos EUA

O crescimento do número de plataformas de petróleo e gás nos Estados Unidos, maior produtor mundial, reforçou as expectativas de aumento na produção, contribuindo para o declínio dos preços.

Decisão da Opep+

Na quinta-feira, a Opep+ anunciou o adiamento de três meses no início dos aumentos de produção de petróleo, agora previstos para abril de 2024. Além disso, a extensão dos cortes profundos foi prolongada até o final de 2026.

“Eles estão apenas esperando por preços melhores e, quando os conseguirem, vão começar a investir novamente”, afirmou Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho, em Nova York.

Fraca demanda global

A desaceleração na demanda global, liderada pela China, maior importadora de petróleo, também pesou nos mercados.

Perspectivas do mercado

A Opep+, responsável por cerca de metade da produção mundial de petróleo, inicialmente planejava começar a reduzir os cortes em outubro de 2024. No entanto, a baixa demanda e o aumento da produção em outras regiões forçaram o grupo a adiar os planos várias vezes.

“A fraca demanda global e a perspectiva de um aumento de produção quando os preços subirem continuam pressionando o mercado”, explicou Yawger.

O mercado de petróleo enfrenta um cenário desafiador, com um possível superávit de oferta em 2024. Apesar dos esforços da Opep+ para conter a produção, a fraca demanda e o aumento de oferta de outras regiões continuam influenciando negativamente os preços.

Investidores devem monitorar de perto os movimentos da Opep+ e os indicadores de demanda global, especialmente na China, para avaliar os rumos do mercado nos próximos meses.