A taxa de juros básica da economia brasileira, conhecida como Selic, pode voltar a 14,25%, patamar alcançado entre julho de 2015 e outubro de 2016, durante o governo Dilma Rousseff. No entanto, a situação atual é ainda mais preocupante do que durante aquela época de alta inflação.
Naquela época, a inflação estava fora de controle, alcançando 10,71% em janeiro de 2016. Mesmo assim, o Banco Central conseguiu controlá-la aumentando a Selic. Agora, a situação é mais grave, pois uma Selic de 14,25% significa um juro real de cerca de 9%, o maior do mundo.
Isso ocorre porque o juro real é calculado subtraindo a inflação Expectada do juro nominal. Em 2015 e 2016, o juro real era de cerca de 3% acima da inflação. Agora, com uma inflação Expectada menor, o juro real é muito maior.
A expectativa é de que a Selic continue alta nos próximos anos. De acordo com a pesquisa semanal do Banco Central, a Selic pode chegar a 15% até o final do ano e só voltar a baixar em 2026, alcançando 12,25%. Isso representa uma deterioração significativa da expectativa em relação ao ano passado.
A volta da Selic aos 14,25% é um alerta para a economia brasileira, que pode sofrer com a alta dos juros. É fundamental acompanhá-la de perto para entender as implicações para o mercado e a economia como um todo.