As fábricas dos EUA estão pagando preços muito mais altos por alumínio, aço e cobre do que as fábricas rivais em outros países, o que está minando a confiança empresarial e alimentando preocupações sobre a inflação.

A tendência atual é resultado dos esforços dos fabricantes para aumentar os estoques antes que as tarifas sobre metais sejam impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Isso fez com que os preços dos EUA para as três principais matérias-primas industriais subissem vertiginosamente nas últimas semanas, se desvinculando dos preços que os fabricantes estão pagando em outras grandes economias industriais, como China, Alemanha e Japão.

Os consumidores de alumínio nos EUA estão pagando cerca de 23% mais do que na Europa para obter suprimentos spot. Já os preços do aço estão cerca de 40% mais altos, superando a taxa de 25% que Trump planeja aplicar a ambos os metais. No mercado de cobre, os fabricantes dos EUA já estão pagando cerca de 10% a mais do que os compradores europeus.

A iminente aplicação das tarifas criou um efeito cascata no mercado global de metais, com comerciantes enviando cargas para os EUA antes que as tarifas sejam impostas, o que fez com que os preços subissem antecipadamente. Isso criou uma situação difícil para os fabricantes, que agora precisam lidar com custos mais altos.

Essa situação está gerando preocupações sobre a inflação e a confiança empresarial, uma vez que os fabricantes precisam absorver os custos mais altos ou repassá-los aos consumidores. Além disso, a imprevisibilidade da política comercial de Trump está criando um clima de incerteza no mercado, o que pode ter consequências negativas para a economia.