A China vai demandar mais mercadorias do agronegócio brasileiro, como soja, milho, algodão e carnes, após aplicar tarifas retaliatórias aos Estados Unidos sobre esses produtos. Isso pode impactar preços das matérias-primas e custos para as indústrias frigoríficas e compradoras de grãos.

A partir de 10 de março, a China irá impor uma tarifa adicional de 15% sobre carne de frango, trigo, milho e algodão dos EUA, e uma taxa extra de 10% sobre soja, sorgo, carne suína e carne bovina, entre outros produtos agropecuários norte-americanos.

O Brasil é o maior exportador global de soja, algodão e carnes bovina e de frango, e a China é um dos principais destinos dessas exportações. Com a aplicação dessas tarifas, é provável que a China busque obter mais grãos e proteínas do Brasil, o que pode reduzir a demanda por commodities dos EUA e os preços nos EUA, ao mesmo tempo em que aumenta a demanda e os preços no Brasil.

Se os preços em mercados de referência para grãos, como a bolsa de Chicago, forem pressionados para baixo, os prêmios sobre essas cotações desses produtos no Brasil podem fortalecer os valores. Isso pode ter um impacto positivo para os produtores brasileiros, mas apenas o tempo dirá como a situação se desenrolará.

No geral, as medidas da China podem ter um impacto significativo no agronegócio brasileiro, aumentando a demanda e os preços dos produtos, especialmente soja, milho, algodão e carnes.