A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) planeja investir US$ 100 bilhões em fábricas de chips nos Estados Unidos nos próximos quatro anos, segundo decisão anunciada pelo CEO da empresa, C.C. Wei, ao lado do presidente Donald Trump nesta segunda-feira (3).

A medida tem como objetivo impulsionar a produção de chips em território americano e apoiar a meta de Trump de aumentar a fabricação doméstica.

“Os chips de IA mais poderosos do mundo serão feitos aqui mesmo na América”, disse o presidente americano. “Sem os semicondutores, não há economia para garantir de IA a automóveis à fabricação avançada.”

A visita de C.C. Wei à Casa Branca nesta segunda-feira foi confirmada pela TSMC em um comunicado. “Estamos felizes por ter a oportunidade de nos reunir com o presidente e ansiosos para discutir nossa visão compartilhada de inovação e crescimento na indústria de semicondutores”, disse a empresa, sem elaborar mais sobre seus planos de investimento.

The spending adds to $65 billion in TSMC investments in the US that are already in the pipeline, Wei said, emphasizing that the moves would create thousands of new jobs. 

A TSMC é líder mundial na produção de semicondutores avançados usados em inteligência artificial e é a principal parceira de fabricação de chips da Nvidia e da Apple. O investimento ajudaria a reforçar a promessa de Trump de tornar os EUA dominantes na área de IA.

Desde 2020 ela já havia expandido sua presença nos Estados Unidos. Entre 2020 e abril de 2024, a TSMC já havia comprometido US$ 65 bilhões em investimentos nos EUA para instalações de fabricação no Arizona. De acordo com o anúncio, os US$ 100 bilhões anunciados nesta segunda serão adicionais ao valor já prometido.

Os novos investimentos da TSMC ainda precisam de aprovação do governo de Taiwan. Autoridades taiwanesas disseram que revisarão prudentemente os investimentos externos em tecnologia avançada de chips. Um porta-voz presidencial não atendeu a ligações fora do horário comercial regular.

O anúncio desta segunda-feira ocorre enquanto Trump avalia a imposição de tarifas a uma ampla gama de indústrias — incluindo semicondutores, madeira, automóveis e produtos farmacêuticos — para abordar o que ele vê como desequilíbrios no comércio global que prejudicam os EUA. Tarifas sobre chips atingiriam fortemente Taiwan, onde quase 90% dos wafers mais avançados do mundo, especialmente os usados em inteligência artificial, são produzidos.

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Trump repetidamente acusou Taiwan de “roubar” a indústria de semicondutores dos EUA e ameaçou impor tarifas sobre chips produzidos no exterior, enquanto altos funcionários dos EUA afirmam seu compromisso de impulsionar a fabricação doméstica. Isso é particularmente verdadeiro para tecnologias no centro da competição entre EUA e China.

O presidente expressou preferência por usar tarifas para impulsionar a fabricação de chips nos EUA, em vez de subsídios governamentais, abordagem preferida pelo ex-presidente Joe Biden, que pressionou pela aprovação da Lei de Chips e Ciência para revitalizar a indústria doméstica. Essa legislação, assinada em 2022, levou a TSMC a receber US$ 6,6 bilhões em subsídios para apoiar três fábricas em Phoenix.

Funcionários da administração Trump também abordaram a TSMC sobre a possibilidade de adquirir uma participação controladora nas fábricas da Intel, informou a Bloomberg News anteriormente.

Essas conversas ainda estão em estágios iniciais, mas a medida visa abordar preocupações sobre o estado financeiro deteriorado da Intel, que a forçou a cortar empregos e reduzir planos de expansão global.

Durante o primeiro mandato de Trump, sua administração atraiu a TSMC para os EUA em parte devido a preocupações de segurança nacional. Quando a TSMC anunciou seus primeiros investimentos em uma fábrica avançada nos EUA em 2020, funcionários da administração Trump disseram na época que os chips fabricados pela empresa taiwanesa no Arizona seriam usados em tudo, desde inteligência artificial até caças F-35.

A primeira instalação da empresa no Arizona já está em operação, e seus primeiros rendimentos de produção superaram os de fábricas semelhantes em Taiwan.

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