Enquanto o mercado esperava um anúncio de venda de ativos, a estratégia da Cosan (CSAN3) vai na contramão

Na semana passada, a Cosan divulgou seus resultados do 3T24 e os números vieram abaixo das expectativas. O trimestre registrou um crescimento anual de 2% no Ebitda, alcançando R$ 8,2 bilhões. A Cosan recebeu cerca de R$ 343 milhões em dividendos da Vale e Radar.

No entanto, o montante foi bem distante dos R$ 1,8 bilhões pagos pela empresa em amortização e juros da dívida, levando a uma queima de caixa de R$ 1,5 bilhão. Isso fez com que o índice de cobertura, que relaciona os dividendos recebidos com as despesas financeiras, se deteriorasse, alcançando 1,2 vezes, ante 1,3x no 3T23. Como resultado, a Cosan reportou um lucro líquido de R$ 293 milhões no 3T24, o que representa uma queda de 57% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas, o que surpreendeu o mercado não foram os números ruins da Cosan no terceiro trimestre, mas sim o anúncio de recompra de 10% das ações em circulação, no valor de R$ 2,4 bilhões.

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