A resiliência do câmbio em meio à volatilidade causada pela expectativa de juros altos por mais tempo nos EUA e pelo conflito no Oriente Médio deve ajudar o Banco Central a cortar mais a Selic do que o mercado projeta. O balanço de pagamentos do Brasil está bem sólido, o que limita a desvalorização do câmbio e o seu efeito nas expectativas de inflação.

O BTG reconhece que as movimentações recentes dos mercados pioram o balanço de riscos, mas mantém a previsão de que o BC cortará a Selic para até 9,5% em 2024. O real acumula um ganho de 2,9% desde o ataque do Hamas a Israel e apresenta um desempenho positivo entre as 31 moedas de países desenvolvidos e emergentes.

A resiliência da moeda é favorecida pelo carregamento vantajoso da taxa de juros no Brasil, de 12,75%, e também pelo saldo comercial em patamar recorde. Além de itens tradicionais das exportações do país, o petróleo agora também ganha destaque.