Com a recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia, antiga Via Varejo, o Brasil tem assentado pela primeira vez uma dívida ESG em default, com valor totalizado em cerca de R$ 1 bilhão.
O Grupo Casas Bahia anunciou que renegociou cerca de R$ 4,1 bilhões em debêntures e cédulas de crédito bancário com seus dois principais credores, o Banco do Brasil e o Bradesco. Os dois bancos são os maiores credores da dívida, o que permitiu que a empresa solicitasse uma recuperação extrajudicial.
A recuperação extrajudicial se concentra apenas em parte da dívida, excluindo dívidas trabalhistas e com fornecedores, que continuarão a ser pagas regularmente.
As debêntures em questão são caracterizadas como sustainability-linked bonds, ou seja, papéis de dívida cujo juro é ajustado de acordo com o desempenho da empresa em relação às metas de sustentabilidade. Foi o primeiro caso desse tipo no mercado financeiro brasileiro.