Os Estados Unidos são a maior economia do planeta, com 22% da produção global, 20% do estoque de investimento estrangeiro direto e 10% do fluxo de comércio. Como o dólar é a moeda mais usada em transações financeiras, mudanças na política de juros americana reverberam por todos os continentes. Quando o presidente do banco central americano – o Fed – fala, as autoridades monetárias de todo o mundo param para ouvir.
Jay Powell, atual presidente do Fed, fez uma declaração que terá impacto nas perspectivas econômicas de todo o mundo. Ele reconheceu que levar a inflação americana para a meta de 2% levará mais tempo que o previsto. Isso significa que a taxa de juros praticada pelo banco para tomar dinheiro emprestado, entre 5,25% e 5,5% desde o ano passado, será mantida por mais tempo, até mais perto do final do ano.
Nesse sentido, não é novidade que os cortes no juro não virão no primeiro semestre, o que já havia sido previsto pelos mercados financeiros. Já há tempo que as autoridades monetárias estavam preparadas para uma situação assim, o que justifica a valorização do dólar diante do real e de outras moedas.