As mudanças climáticas têm provocado estragos significativos, mas há um aspecto que não tem sido considerado com a mesma preocupação: a representatividade de fundos relacionados com objetivos ESG (Governança ambiental, social e corporativa). Embora a oferta de fundos ESG tenha aumentado, eles ainda representam apenas uma fração minúscula do mercado financeiro. Em 2013, havia apenas 10 fundos ESG, enquanto hoje em dia são 65, mas ainda não atingem 1% do mercado.
Isso se deve em grande parte à estratégia das gestoras de fundos, que geralmente têm apenas 1% de fundos verdes entre seus portfólios, também chamados de “fundos ESG”. Segundo Bruno Corano, investidor e economista, esses fundos são como uma salada no cardápio de uma lanchonete, são uma opção para mostrar que se preocupa com sustentabilidade, mas não é a opção principal.
Além disso,questões ESG não são consideradas na hora de investir. Segundo Leandro Petrokas, diretor de pesquisa e sócio da Quantzed, os possíveis ganhos e o cenário econômico são os principais motivos para investir, e não a reputação ESG da empresa. Isso pode ser exemploado com a Braskem, que foi excluída do Índice de Sustentabilidade em dezembro de 2023.