O Spotify, famoso app de streaming, revolucionou o mundo da música ao democratizá-lo por meio de uma plataforma digital. Antes de sua chegada, a indústria musical lucrava intensamente com a mídia analógica (vinil, fita cassete, CD, DVD), o que criava um monopólio no mercado. Surgiu o Spotify, oferecendo um modelo em que a música poderia ser ouvida gratuitamente com anúncios de patrocinadores, ou por meio de uma assinatura sem publicidade. Qualquer música? De todos os artistas que desejavam divulgar seu trabalho na plataforma.

O app deu visibilidade para músicos que não tinham acesso às grandes gravadoras ou que enfrentavam dificuldades para conseguir contratos. Foi um benefício para os músicos, que ganharam alcance, para o público, que paga (ou não) uma quantia justa sem precisar comprar CDs todos os meses, e até para o planeta, evitando o descarte de itens físicos. Além disso, a plataforma ajudou a reduzir drasticamente a pirataria. Anos atrás, um CD original custava cerca de R$ 50, enquanto, no comércio informal, ambulantes vendiam CDs piratas por até R$ 5.

Recentemente, temos acompanhado o debate sobre a criação de um imposto único, que teoricamente deveria ser benéfico para a população. No entanto, no modelo atual, esse imposto pode acabar saindo ainda mais caro. O ideal seria que um imposto único fosse mais baixo para a população, justamente o oposto do que.

Essa situação lembra a revolução da música digital promovida pelo Spotify, que democratizou a música e tornou acessível a uma ampla variedade de artistas e música para o público. Além disso, a plataforma ajudou a reduzir a pirataria e a descriminação de CDs. A criação de um imposto único também pode democratizar a economia Brasileira, tornando-a mais justa e acessível para a população.

Mas é preciso evitar que o modelo atual feche a porta para a democratização da economia e manteça a diferença entre ricos e pobres. É preciso construir um modelo que beneficie a população e não agravue sua situação.