Brasil entra na rota dos investimentos climáticos do capital estrangeiro
Nos últimos meses, os gestores de fundos e bancos começaram a perceber um aumento expressivo da demanda de investidores estrangeiros por ativos com atributos sustentáveis no Brasil, especialmente aqueles climáticos.
A volta do Brasil a uma posição de respeito nos fóruns climáticos globais e a regulamentação mais rigorosa para investimentos sustentáveis, especialmente na Europa, fizeram do país uma rota para aqueles que buscam ativos verdes.
José Pugas, chefe de ESG da gestora carioca JGP, viajou recentemente a Nova York e Genebra para encontrar-se com potenciais investidores, incluindo bancos e fundos, e famílias de elevado patrimônio. Ele informa que antes os investidores discutiam cheques de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões para o Brasil, agora estão discutindo cheques maiores, entre R$ 150 milhões e R$ 300 milhões.
Segundo Fabiana Silva, que lidera a área de ESG e negócios sustentáveis do banco ABC Brasil, há uma demanda crescente de investidores estrangeiros por reuniões bilaterais com bancos e gestores brasileiros durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) em Dubai, no próximo mês de novembro.