Preços no atacado aceleram, mas não sugerem pressão inflacionária

A alta de 0,10% no atacado foi responsável pelo fim dos cinco meses de deflação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Embora o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) também tenha interrompido uma longa sequência de queda, sinalizando o fim da leituras negativas, os números não sugerem pressão inflacionária.

O índice como um todo segue sob controle, resume o economista André Perfeito. Embora o comportamento dos preços no atacado mereça atenção, o resultado em agosto representa a primeira alta após uma série de deflações. Dados da Fundação Getulio Vargas mostram que a alta de 0,10% do IPA-DI no mês passado foi o primeiro resultado mensal positivo do ano.

A sequência de quedas do IPA-DI é ainda mais longa, tendo início em julho do ano passado. No entanto, os dados mais recentes dos preços no atacado sinalizam um fim da tendência de queda. Aliás, o economista do Rabobank, Maurício Une, observa que o IGP-M já apontava tal cenário. O IGP-M caiu 0,14% em agosto, em base mensal, com os preços ao produtor (IPA-M) regular.