Não tem para ninguém, por enquanto. A Nvidia, empresa que detém 80% do mercado de chips usados para desenvolver e viabilizar a inteligência artificial, está vendo sua lista de concorrentes crescer. Além de rivais tradicionais, como Intel e AMD, seus principais clientes começam a tentar reduzir a dependência que têm dela.
O Google é o primeiro a dar um passo nessa direção. Após pagar US$ 1,5 bilhão de dólares à Nvidia em 2023 apenas pelas encomendas dos chips H100, o atual “padrão-ouro” das GPUs de inteligência artificial, a companhia anunciou o Axion, um tipo de chip usado em data centers que será a base para o desenvolvimento dos seus serviços de nuvem.
Já a Microsoft e a Amazon também têm planejados para desenvolver seus próprios chips. Em novembro, a Microsoft apresentou o Azure Maia 100, e em seguida, a Amazon anunciou o chip Trainium2, usado para treinar sistemas de IA da AWS. Ambas as empresas estão contando com a taiwanesa TSMC para fabricar os chips desenhados por elas.
Além disso, a Meta, maior companhia de redes sociais do mundo, também está trabalhando em desenvolver seus próprios chips para inteligência artificial. Com isso, a Nvidia está se tornando menos importante para essas empresas, o que a pode fazer perder valor e influência no mercado.