Enquanto no Brasil os juros enfrentam alta ou permanecem em níveis elevados, a Argentina segue outro caminho: o Banco Central argentino anunciou a redução da taxa básica de juros, a Leliq, de 35% para 32% ao ano. Essa decisão reflete uma melhora no cenário econômico argentino, acompanhada de perspectivas mais otimistas para o futuro. Apesar de parecer algo distante, essa queda dos juros na Argentina tem implicações diretas para o Brasil – e nem todas são positivas.

A Argentina começou a apresentar sinais de estabilização econômica após um período prolongado de inflação galopante e incertezas políticas. As recentes medidas do governo para conter a inflação, aliadas à entrada de recursos internacionais e a uma gestão mais disciplinada das reservas cambiais, ajudaram a criar um cenário mais favorável para cortes na taxa de juros.

A mudança de governo e o plano econômico de ajuste fiscal estão gerando maior confiança nos mercados. A percepção de que a inflação começará a desacelerar nos próximos meses e de que a economia pode sair do longo período de recessão permitiu ao Banco Central tomar a decisão de aliviar a política monetária.

Com taxas de juros mais baixas, o crédito tende a ficar mais acessível, incentivando o consumo e o investimento, o que pode ajudar a Argentina a entrar em um ciclo de crescimento mais robusto.