O movimento positivo de Estados brasileiros aderir a programas de habitação de baixa renda está ajudando a empresa MRV a subir seu preço de venda acima da inflação e reduzir a participação do pro-soluto, o financiamento feito diretamente ao cliente pela incorporadora, em suas vendas. Esses programas, que funcionam de forma suplementar ao federal “Minha Casa” e “Minha Vida”, oferecem cheques (subsídios) para ajudar famílias a comprar suas próprias casas.
A MRV, que é uma das maiores construtoras do país, registrou que a modalidade de pro-soluto representou 12,5% do valor dos imóveis no trimestre passado, enquanto um ano atrás era de 17%. Já o co-CEO Eduardo Fischer não vê motivo para que esses programas estaduais percam força e lembra que algumas cidades também estão criando propostas do tipo. “Economicamente, faz todo o sentido, é peso pequeno dentro do orçamento dos Estados, para benefício político muito grande”, disse Fischer.
No entanto, o cenário macro no país está complicado, com “fiscal mal-cuidado” e curva de juros subindo novamente. No entanto, o setor de baixa renda está protegido, com taxas de juro pré-determinadas. Fischer também revelou que a empresa perdeu um concorrente importante recentemente.