Um perigo à espreita: como EUA e China podem colocar a economia mundial em risco
Nobre é muito difícil de imaginar o que um choque entre EUA e China, as duas maiores economias do mundo, pode provocar — e, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), essa é uma realidade cada vez mais próxima. A vice-diretora-geral do FMI, Gita Gopinath, alertou que as diferenças entre os blocos econômicos ocidentais liderados pelos norte-americanos e os alinhados com os chineses ameaçam a cooperação comercial global e o crescimento econômico.
As tensões entre os EUA e a China têm aumentado à medida que Washington amplia as restrições comerciais e as sanções contra Pequim, citando questões de segurança nacional, enquanto as preocupações com os avanços de Pequim no Mar da China Meridional e a retórica em torno de Taiwan também azedaram as relações. Isso refletiu globalmente, com mais de 3.000 restrições comerciais impostas por países de todo o mundo em 2022 e 2023 — mais que o triplo em comparação com 2019, de acordo com dados do FMI.
O comércio entre os blocos liderados por China e pelos EUA diminuiu em comparação com o comércio entre os países dentro dos grupos, segundo Gopinath. A crescente tensão entre as duas maiores economias do mundo é uma realidad à espreita e pode colocar a economia mundial em risco.