DUBAI – A COP28 foi encerrada na manhã desta quarta-feira em Dubai com a primeira menção a combustíveis fósseis em um documento oficial em quase 30 anos de conferências do clima.

O documento final estabelece uma “transição que se afaste dos combustíveis fósseis, acelerando a ação nesta década crítica”. Entretanto, não foram incluídos os termos “redução” ou “eliminação” esperados.

A pressão para uma declaração mais forte foi apoiada por países da Europa, América, Brasil e países mais vulneráveis, mas não conseguiu superar a resistência dos países que se beneficiam do petróleo, liderados pela Arábia Saudita.

As decisões internacionais dependem da concordância unânime de quase 200 países. Embora o documento não seja radical, é claro sobre a necessidade de alinhar os esforços globais com a ciência para limitar o aumento da temperatura em 1,5°C.

Antes da conferência, havia uma ameaça real de fracasso, dada a distância entre as posições. No entanto, foi alcançada uma solução lista oito ações que os países devem tomar, respeitando as diferentes circunstâncias nacionais.

O presidente da conferência, Sultan Al Jaber, disse que o plano de ação é “histórico” para acelerar a ação climática. O documento servirá como guia para a próxima rodada de planos nacionais de descarbonização.