Se durante os governos Lula I e II a ascensão da classe média brasileira foi uma das principais marcas da gestão, o terceiro ato do presidente Lula parece ter mudado o foco. Ao invés de fortalecer o meio da pirâmide e estimular a economia pelo consumo interno, a estratégia adotada foi oferecer poder de compra à base da estrutura social brasileira: famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa.
Para isso, o primeiro passo foi dado pelo programa Desenrola, que renegociou dívidas de pessoas físicas e abriu espaço para o consumo. Agora, por meio da iniciativa Acredita, o governo investe na oferta de microcrédito, com taxas reduzidas de juros, para aquecer a economia.
Com potencial de destravar até R$ 30 bilhões em recursos a serem escoados para a base da pirâmide, o ministro do Desenvolvimento Social disse que o objetivo é dar o impulso para o pequeno empreendedor, e de quebra estimular toda a economia. Ele estimou mais de 1,5 milhão de transações pelo Acredita, considerando o programa único e com capacidade ímpar de formalizar, capacitar e estimular negócios no Brasil.
A estratégia governamental agora se concentra em oferecer ajuda financeira às famílias mais pobres, para que elas possam comprar produtos e serviços, estimulando assim a economia. Isso é uma mudança em relação às gestões anteriores, quando a estratégia era estimular a indústria e o mercado de crédito.