O apagão que afetou São Paulo no último fim de semana trouxe à tona a deterioração dos serviços de energia da Enel. Embora a tarifa total paga pelos consumidores residenciais tenha crescido abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a parcela destinada à distribuição da Enel aumentou 75% nos últimos anos.
Mesmo após sucessivos aumentos nas tarifas, os indicadores de qualidade de serviço da Enel mostram uma piora significativa. O tempo de atendimento mais do que dobrou desde 2018 e a queda observada este ano é de 20,4%. Isso ainda não reflete a temporada de chuvas, que tradicionalmente aumenta o número de emergências e tempo de resposta.
O tempo médio de preparo das equipes da Enel para resolver emergências aumentou de 4 para quase 9 minutos, enquanto o tempo de execução e deslocamento se manteve estável. Isso sugere que a equipe da Enel pode ser insuficiente para atender situações críticas.
Esses dados reforçam a insatisfação dos consumidores, que pagam mais para serviços cada vez menos eficientes. O caso do apagão em São Paulo evidencia a necessidade de maior fiscalização e investimento na infraestrutura da energia elétrica.