As taxas dos contratos futuros de juros no Brasil tiveram uma leve alta na quinta-feira, especialmente na ponta longa, devido ao conservadorismo dos investidores em relação ao futuro da Selic e à espera do relatório de emprego payroll nos EUA, na sexta-feira.
Nos EUA, os rendimentos dos treasuries apresentaram baixas contenidas durante a tarde, enquanto investidores aguardavam os números do mercado de trabalho que podem fornecer indicações mais claras sobre o futuro da política monetária norte-americana.
No Brasil, apesar da tendência de baixa vinda do exterior, as taxas dos depósitos interfinanceiros (DIs) mantiveram ganhos leves na ponta longa. Além da expectativa pelo relatório de emprego payroll, que manteve alguns agentes do mercado mais posicionados em taxa, a curva a termo seguiu traduzindo apostas de que o ritmo de redução da Selic, atualmente em 12,75% ao ano, pode não acelerar em novembro e dezembro.
Essa expectativa de manutenção do status quo pode ter feito com que a curva comece a considerar que quedas de 0,50 ponto percentual, que poderiam ter sido mais pronunciadas, possam agora ser questionadas se houver uma alta de juros nos EUA. Alguns agentes do mercado surgiram um pouco mais cautelosos em relação à Selic.
O diretor de Política Monetária do Banco Central disse que a autoridade monetária ainda tem que percorrer uma “última milha” para alcançar seus objetivos.