Sacar dinheiro do limite do cartão de crédito utilizando maquininhas pode parecer uma solução rápida para quem está enfrentando dificuldades financeiras, mas essa prática carrega altos custos financeiros e potenciais riscos legais. Entenda por que transformar o limite do cartão em dinheiro através dessa operação pode não ser uma boa ideia.

Custos elevados

Ao realizar essa transação, o usuário enfrenta duas cobranças principais:

  1. Taxa da maquininha: Operadoras cobram uma porcentagem do valor movimentado.
  2. Juros do crédito rotativo: O montante retirado entra como despesa no cartão e, se não pago integralmente, é financiado com juros rotativos que ultrapassam 300% ao ano.

De acordo com Thales Santana, diretor de relacionamento da CardWay:

“Essa prática é uma das formas mais caras de acessar dinheiro. Além da taxa da maquininha, os juros rotativos tornam essa solução extremamente onerosa para o usuário.”

Implicações legais e contratuais

Outro risco significativo é o uso indevido das maquininhas. Esses dispositivos foram projetados para transações comerciais legítimas, e transformá-los em uma forma de sacar dinheiro pode ser interpretado como violação de contrato com a operadora.

“O uso da maquininha para transformar crédito em dinheiro pode levar ao bloqueio do serviço e até a complicações fiscais,” alerta Santana.

Além disso, essa prática pode ser malvista pelas operadoras e pelas autoridades fiscais, criando entraves adicionais para o empreendedor.

Impactos na saúde financeira

Um dos maiores perigos é a falsa sensação de liquidez que essa prática proporciona. A facilidade de acesso ao limite do cartão pode levar ao uso descontrolado, gerando uma bola de neve de dívidas difíceis de pagar.

“O consumidor pode se ver preso em uma espiral de dívidas, agravada pelos altos juros e pela dificuldade de gerenciar o saldo disponível,” explica o especialista.

Alternativas mais seguras

Antes de recorrer ao saque via maquininha, é importante avaliar opções financeiras mais viáveis, como:

  • Empréstimos pessoais: Geralmente possuem taxas de juros mais baixas do que o crédito rotativo.
  • Negociação com o banco: Muitas instituições oferecem soluções personalizadas para ajudar em momentos de aperto.

“O ideal é que o consumidor entenda os riscos envolvidos e busque alternativas mais seguras para evitar o endividamento descontrolado,” recomenda Santana.

Embora pareça uma solução rápida, usar maquininhas para retirar dinheiro do cartão de crédito pode ser uma armadilha financeira perigosa. Os altos custos, riscos legais e impacto na saúde financeira tornam essa prática pouco recomendada. Buscar alternativas seguras, como empréstimos pessoais ou negociação com bancos, é essencial para evitar problemas financeiros maiores.

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