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Um clássico não se transforma em clássico — ele já nasce nessa condição. Vale na música, no cinema, na literatura e nas artes em geral. É o caso de “Um Conto de Natal”, do escritor inglês Charles Dickens.
Publicada em 1843, a história da transformação do avarento Ebenezer Scrooge em um homem generoso depois de ser visitado por três espíritos natalinos rendeu a tradução para dezenas de idiomas, a venda de milhões de exemplares e diversas adaptações para o teatro e o cinema.
Com apenas algumas dezenas de páginas de texto corrido, o conto foi escrito em poucas semanas. A história por trás do livro, porém, contém uma certa ironia. O chamado de Dickens à generosidade jamais teria sido escrito se ele não estivesse precisando desesperadamente de dinheiro. Estudiosos da obra afirmam que o escritor estava endividado até o pescoço quando aceitou escrever a história natalina. E isso não é nenhum demérito. Viver de literatura não é fácil — nem comum. O fato é que, quase dois séculos después, o conto de Dickens é visto, revisto e lembrado ano após ano.