As nozes e castanhas não fazem parte da cultura alimentar brasileira, mas no período natalino, a demanda para esses produtos aumenta consideravelmente, levando a uma significativa quantidade de importações. As principais castanhas importadas são avelãs, nozes, amêndoas e pistaches, vindas de vários países.
O Brasil é competitivo na produção de castanhas específicas, como a castanha-do-pará e a castanha-de-caju, que são exportadas mundo afora. No entanto, o país não tem forte vocação para a produção de outras castanhas tradicionais devido a fatores climáticos, geográficos e estruturais.
A falta de vocação se deve ao clima e solo inadequados para o cultivo dessas castanhas. As nozes-comuns e avelãs necessitam de climas temperados com estações bem definidas, incluindo invernos frios e verões secos, para garantir o amadurecimento. No Brasil, o clima tropical é dominante, com altas temperaturas e chuvas intensas, o que não é favorável à cultura dessas plantas, pois elas são suscetíveis a doenças fúngicas e apodrecimento das raízes.
Além disso, o custo de produção de nozes é elevado, pois requer investimentos significativos em tecnologia, irrigação e controle fitossanitário. Países como os EUA, Espanha e Turquia possuem uma grande produção de nozes e têm infraestruturas para cultivá-las, o que contribui para a importação desses produtos pelo Brasil.
Aumento da demanda por nozes e castanhas no período natalino leva a uma significativa quantidade de importações para o Brasil.