O JPMorgan projeta que os preços do petróleo devam permanecer em uma média de US$ 83 por barril em 2024 e US$ 75 por barril no próximo ano. O banco espera que as adições à demanda diminuam de 1,9 milhão de barris em média para 1,6 milhão em 2024 e 1 milhão em 2025. Com isso, a narrativa deve ser mais impulsionada pela oferta, uma vez que os preços elevados estimularam a produção. O crescimento da oferta vem principalmente de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, com os Estados Unidos sendo um forte contribuinte, seguido por Canadá, Guiana e Brasil.

A médio e longo prazo, por outro lado, o banco acredita que os preços do petróleo devam ficar em torno de US$ 80 por barril porque a transição energética deve impor barreiras ao crescimento da oferta, as empresas têm menor acesso a capital para investir na abertura e manutenção de campos de petróleo e as empresas, especialmente as listadas, comprometeram-se a aumentar a remuneração aos acionistas por meio de recompras de ações e dividendos, consumindo assim parte do Fluxo de Caixa Livre.

Além disso, as empresas estão investindo na transição energética, o que retira dinheiro do negócio principal. Como consequência desses três efeitos principais, o JPMorgan vê as empresas de petróleo com menos dinheiro para gastar na manutenção e no aumento da capacidade de produção.