“Pó de pirlimpimpim”: como a Ford está apostando no grafeno para impactar o futuro dos carros
“Um material milagroso” – é assim que parte da comunidade científica nomeia o grafeno. Extraído do grafite, o elemento chama atenção por ser extremamente leve e, ao mesmo tempo, 200 vezes mais resistente que o aço, além de possuir uma alta condutibilidade térmica e elétrica. De acordo com uma pesquisa liderada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o mercado de grafeno deve movimentar mais de US$ 1 trilhão nos próximos dez anos.
O material já é usado em produtos como celulares, revestimentos e alguns artigos esportivos, mas é na indústria automotiva que o grafeno encontra grandes promessas de inovação – desde o uso para a redução de ruídos nos veículos até a possibilidade de aplicação em baterias elétricas.
Empenhada em entender mais sobre o material e aplicá-lo em seus produtos, a Ford criou, no ano passado, um time dedicado à pesquisa do grafeno no Brasil. Baseados no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil, com sede em Camaçari (BA), os pesquisadores trabalham em parceria com a UCSGRAPHENE, o primeiro hub de inovação voltado à produção de grafeno em escala da América Latina, inaugurado em 2021 e vinculado à Universidade de Caxias do Sul (RS).