Startups que atuam no negócio da restauração florestal buscam dezenas ou centenas de milhões de dólares de empresas e investidores de grande porte para recuperar vegetações nativas na Amazônia. A Radix, uma empresa que faz plantio de espécies madeireiras, procura os recursos na outra ponta do espectro: o cidadão comum.

A Radix começou dividindo cada hectare de suas áreas plantadas em Roraima em 200 cotas, vendidas em plataformas de crowdfunding. No ano passado, cada uma dessas cotas foi transformada em cem criptoativos, permitindo que os investidores negociem os criptoativos em um mercado secundário autorizado.

A ideia é oferecer liquidez a uma aplicação de longo prazo, com um retorno prometido em cerca de 25 anos, quando as árvores são cortadas para a venda da madeira. Na prática, o investidor não se torna dono da terra, mas dos direitos sobre a exploração de madeira e outras receitas obtidas na área correspondente.

O uso da tecnologia digital democratiza o acesso a esse investimento na natureza e cumpre uma função educativa. Segundo Gilberto Derze, cofundador e CEO da startup, os investidores começam a entender como funciona o negócio da restauração e como é complexo e exige paciência.