Os ETFs (fundos de índice) à vista de Ethereum (ETH) nos Estados Unidos registraram saídas líquidas de aproximadamente R$ 500 milhões em seu primeiro mês de negociação, resultado muito inferior aos ETFs com exposição direta ao Bitcoin (BTC) do país, que atraíram US$ 5,4 bilhões nos primeiros 30 dias. Apesar da diferença, os analistas do JPMorgan não acham justo comparar o desempenho dos dois produtos financeiros porque as teses das duas criptomoedas associadas a eles são diferentes.
O BTC tem uma fama já estabelecida, inclusive sendo apontado como “reserva de valor”, enquanto o Ethereum é plataforma para finanças descentralizadas (DeFi). Além disso, outro ponto que pode ter colaborado com o número fraco dos ETFs de Ethereum é o fato de eles não conseguirem se beneficiar do staking, método de obter renda passiva com investimentos em criptomoedas, o que pode ter afetado a demanda.
Comparar a magnitude dos fluxos de ETH com seus equivalentes de BTC é como comparar alhos com bugalhos, segundo os analistas. O JPMorgan também joga a culpa das saídas líquidas no fundo de índice da gestora Grayscale, o ETHE, que antes funcionava como fundo fechado. Parte do fluxo negativo se deve aos altas taxas cobradas dos investidores.