A Samarco, mineradora controlada pela Vale e BHP, concluiu a reestruturação de seu passivo após oito anos do maior desastre ambiental do país. A empresa emitiu US$ 4 bilhões em títulos no exterior com vencimento em 2031, trocando a dívida antiga composta por bonds que venciam em 2022, 2023 e 2024.

Com isso, a Samarco reduziu seu endividamento com credores financeiros internacionais de US$ 4,8 bilhões para US$ 3,7 bilhões e deve fechar o ano com receita líquida de US$ 1,5 bilhão. A receita operacional somava, até setembro, cerca de US$ 1,1 bilhão.

O Ebitda da empresa deve alcançar US$ 787 milhões, sendo equivalente ao patamar pré-desastre em termos nominais. No entanto, considerando o valor corrigido pela inflação acumulada no período, o valor seria de R$ 6,14 bilhões. A retomada de geração de caixa na companhia também é suficiente para pagar a dívida e financiar o capex de US$ 2 bilhões para os próximos cinco anos, visando duplicar a produção e atingir 30 milhões de toneladas.