Raízen (RAIZ4): Venda de ativos não é solução para alavancagem
A venda de ativos pela Raízen, considerada positiva por serem ativos não core, não trazirá muitos efeitos na história de alavancagem da empresa. A alavancagem atual é de 2,6x, com uma dívida líquida de R$35,9 bilhões, o que significa que a entrada líquida de caixa de R$1,0 bilhão terá pouco impacto na métrica de alavancagem.
A venda permitiria a Raízen se concentrar em projetos estratégicos, como o E2G e no aumento da produtividade agrícola. No entanto, a venda teria mais impacto no crescimento do Ebitda, especialmente com as vendas de etanol no final da safra/entressafra, e redução do nível de investimento, com expectativa de cair 13% na comparação com a safra atual vs. safra 23/24.
O preço do etanol segue em trajetória ascendente, com uma paridade média com a gasolina próxima de 70%. Além disso, o preço de exportação do açúcar continua favorável e a empresa fixou o preço de venda para 60% do volume da safra 25/26. O estoque de etanol da Raízen está elevado, o que aumentou a pressão sobre o capital de giro. Nas próximos trimestres, as vendas devem aumentar, contribuindo para um resultado operacional robusto e alívio na alavancagem.