A escolha do Governo Federal pelo Pecém como local para a assinatura da Lei do Hidrogênio Verde chancela o Ceará como protagonista das articulações em torno dessa nova fronteira da energia renovável.
Em 2020, quando quase ninguém ouvira falar no assunto, o então governador Camilo Santana e o presidente da Fiec (Federação das Indústrias do Ceará) fizeram uma aposta e começaram a capitanear a empreitada para prospectar esses investimentos. Desde então, o Estado já atraiu o interesse de dezenas de investidores que almejam integrar o hub de hidrogênio no Complexo do Pecém. A formatação de um marco regulatório era uma das etapas essenciais para garantir segurança jurídica aos investidores e tirar os projetos do papel.
A legislação poderia ter saído de forma mais célere, mas, em se tratando de Brasil, a lentidão já é precificada. Ao longo dos últimos quatro anos, outras nações voltaram os olhos para esse potencial energético. O maior exemplo vem dos Estados Unidos, onde estão sendo injetados bilhões e bilhões de dólares para a produção de hidrogênio.