A equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está trabalhando em um pacote de revisão de gastos que prevê um corte entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões nas despesas. O objetivo é que as medidas sejam apresentadas ao Congresso Nacional após o segundo turno das eleições municipais, marcado para 27 de outubro.
As propostas também precisarão passar pela aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes do anúncio oficial. A Fazenda considera essas ações essenciais para que o Brasil recupere o seu grau de investimento até o fim do governo Lula, em 2026. A recuperação do selo de bom pagador é vista como estratégica para atrair investimentos externos e fortalecer a sustentabilidade econômica do país.
Além de melhorar o resultado das contas públicas, o corte de gastos tem como objetivo viabilizar o cumprimento do arcabouço fiscal a partir de 2026, quando as despesas obrigatórias consumirão uma fatia maior do orçamento. Sem mudanças, não haverá espaço para investimentos e custeio da máquina pública em 2027.
Entre as primeiras medidas está o corte dos supersalários do setor público, que ultrapassam o teto constitucional de R$ 44 mil, o equivalente ao salário de um ministro do STF.