A Oi deu dois passos cruciais para mudar o regime de prestação da telefonia fixa. A Advocacia Geral da União e o Ministério das Comunicações deram aval ao acordo firmado entre a Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações, mediado pelo Tribunal de Contas da União em julho. O acordo libera a companhia para sair do modelo de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado e entrar no modelo de autorização.
A Oi poderá “desligar” o serviço de telefonia fixa nas localidades onde o serviço dá prejuízo. A empresa deberá emitir um aviso prévio aos clientes restantes que, a partir daí, deberão recorrer às ligações por celular caso queiram fazer chamadas por voz. A concessão foi firmada na época da privatização das telecomunicações, em 1998, e iria até 2025. No entanto, as operadoras vinham alegando que as chamadas fixas de voz caíram em desuso e fizeram o faturamento despencar.
A Oi, por exemplo, tinha 6 milhões de clientes de telefonia fixa na metade de 2024, contra 7,6 milhões um ano antes, uma baixa de 21% só nesse período.