Depois de dez meses de negociações, a Americanas fechou um acordo com os bancos credores em torno do seu plano de recuperação. Os bancos detêm a maior parte dos débitos da varejista, que admitiu uma fraude contábil bilionária e recorreu à Justiça com pedido de recuperação.

A companhia receberá uma capitalização de R$ 24 bilhões, dividida entre recursos aportados pelos acionistas de referência e conversão de dívida em ações pelos bancos credores. A empresa prevê que sua dívida bruta cairá para R$ 1,875 bilhão, após a implementação do plano. No final de 2022, a dívida da empresa somava R$ 37,3 bilhões.

Os termos do acordo foram cuidadosamente amarrados para evitar brechas nos compromissos assumidos, o que contribuiu para o atraso de cinco meses até a assinatura. A elaboração do acordo envolveu os principais escritórios de advocacia do País.

Entre os compromissos aceitos pelos titulares de 35% das dívidas da empresa, está o de que os bancos Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BV aprovarão o plano de recuperação judicial.