Os bancos centrais das maiores economias do mundo avisaram que manterão as taxas de juros tão altas quanto necessário para controlar a inflação, mesmo com dois anos de aperto sem precedentes nas políticas globais atingindo o pico.

O discurso “mais alto por mais tempo” é agora a postura oficial do Federal Reserve, do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, além de ser repetido pelos autoridades de política monetária de Oslo a Taipé.

Os bancos centrais precisam manter as taxas de juros altas por tempo suficiente para garantir que o trabalho seja feito, garante o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey. Além disso, é necessário convencer os mercados financeiros a não desfazerem seu trabalho com apostas em cortes precoces nas taxas de juros e ficarem atentos a novos riscos, como o aumento dos preços do petróleo.

A tarefa é difícil, pois os bancos centrais foram condenados por terem se demorado em detectar o aumento da inflação pós-pandemia e, em seguida, por terem exagerado em sua resposta. No entanto, agora eles precisam garantir que a economia global retome o estado de preços estáveis sem recessão.