Fundos temáticos baseados na Europa poderão fazer mais pressão sobre empresas de seus portfólios e votar com acionistas ativistas. A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, anunciou uma nova política permitindo que fundos com objetivos de investimento explicitamente ligados ao clima e à descarbonização pressionem as empresas de seus portfólios.

Esses fundos poderão acompanhar posições ativistas apresentadas em assembleias de acionistas, como as que pedem a aceleração dos cortes de emissões de carbono, mesmo que outros veículos da mesma gestora tenham posição diferente. A decisão, que passa a valer no último trimestre do ano, afeta 83 fundos domiciliados na Europa, com US$ 150 bilhões sob gestão, de acordo com comunicação da gestora enviada a clientes hoje.

O anúncio também permitirá que fundos baseados nos Estados Unidos ou na Ásia com mandatos climáticos adotem os mesmos critérios ainda este ano. A BlackRock administra US$ 10,5 trilhões em total. A medida é uma tentativa da empresa de lidar com as pressões políticas e atender ao crescente interesse dos clientes em investimentos sustentáveis e de transição para uma economia de baixo carbono.