O Bank of America anunciou uma nova negociação com uma posição comprada em real brasileiro em relação ao iene japonês. Segundo o relatório, o real está muito barato e deve ser beneficiado por diferenças salariais altas e surpresas positivas no crescimento econômico. A autoridade monetária brasileira também está mostrando uma percepção mais hawkish, face a um cenário global mais desafiador, com indícios de que as taxas de juros americanas podem demorar mais para cair.

O banco estima que a taxa real diferencial entre o Brasil e o Japão está próxima dos máximos das últimas décadas e prevê taxas de juros em 9,5% e inflação em 3,7% no Brasil até o final de 2024, enquanto para o Japão, as previsões são taxas de juros em 0,25% e inflação em 3,0%. Isto colocaria a taxa real diferencial em 8,5%.

O posicionamento sugerido pelo banco tem benefícios cruzados, incluindo taxas de juros mais altas nos EUA e preços de petróleo bruto. No entanto, os analistas também monitoram riscos, como abordagem mais estatal do governo brasileiro e possível intervenção japonesa nos mercados de câmbio.