O Brasil acaba de fechar a segunda emissão de sustainable bond, captando US$ 2 bilhões. Essas emissões são títulos de dívida sustentáveis que destinam recursos para projetos com benefícios ambientais e sociais.
O governo brasileiro se comprometeu a destinar os recursos captados, em até 24 meses, a projetos verdes e sociais contemplados no relatório de alocação indicativa. A demanda dos investidores por esses papéis, com prazo de sete anos, totalizou US$ 4,7 bilhões, com nomes tradicionais como BlackRock, Pimco e Wellington fazendo parte dos investidores.
O rendimento dos títulos (yield) ficou em 6,375% ao ano, um percentual abaixo da taxa sinalizada inicial de 6,625%. Além disso, o rendimento da segunda emissão é ligeiramente inferior ao da primeira operação de sustainable bonds (6,45%).
O cenário doméstico turbulento não afetou a percepção de risco dos investidores estrangeiros, que mantiveram um olharpositivo para o Brasil. Isso pode fomentar novas operações de dívida no mercado externo antes das férias no hemisfério Norte.
Na primeira emissão, boa parte dos recursos foi destinada ao Fundo Clima, gerido pelo BNDES.