A China deve seguir uma abordagem gradual para estimular sua economia, apesar das recentes ações das autoridades não terem conseguido reavivar a confiança sem mais reformas no lado da oferta e medidas de afrouxamento mais agressivas, afirma um grupo de analistas.
Em uma semana, a China anunciou a maior redução na taxa de referência para hipotecas, mas isso não impressionou os mercados. Howe Chung Wan, chefe de renda fixa da Ásia na Principal Asset Management, acredita que as autoridades chinesas devem continuar com uma abordagem mais gradual para lidar com questões estruturais de médio prazo, como dívidas e imóveis.
As autoridades também buscam garantir que a economia não entre em uma espiral, usando medidas específicas para apoio a natureza cíclica da economia chinesa. No entanto, não são esperadas grandes medidas de apoio.
Alicia Garcia Herrero, economista-chefe da Natixis para a região Ásia-Pacífico, argumenta que o corte na taxa primária de empréstimo, realizado recentemente pelo Banco do Povo da China, é muito pouco e muito tarde. Ela afirma que o banco central chinês corre o risco de ficar para trás com essa abordagem, dado que os dados mostram que a inflação na China caiu 0,8% em janeiro exigem uma ação muito mais rápida.