A infraestrutura verde é um setor pressionado para se adaptar a um modo de operação mais sustentável no Ceará. Isso está sendo alcançado com adaptações nos portos e até a invenção de um cimento com potencial reduzido de poluição. No entanto, o estado ainda precisa de ações sociais para garantir a acessibilidade das tecnologias novas e minimizar os riscos à infraestrutura verde.

A agenda de transição energética ainda se concentra demasiado em técnicas e tecnologias, com um olhar mais econômico. Essa abordagem não considera as questões de acesso, pobreza energética e injustiças socioambientais e climáticas. A especialista Flávia Collaço afirma que a questão social é um dos elos mais fracos do tripé da sustentabilidade.

Embora a valorização de novas fontes de energia seja um avanço, isso não trouxe melhorias significativas nos indicadores sociais. De fato, cerca de 62% das famílias nordestinas precisam deixar de comprar alimentos básicos para pagar a conta de energia.

As ações de transição energética concentram-se em reduzir as emissões de gases estufa, mas há mais problemas além disso. As políticas públicas precisam ser mais coes para garantir a sustentabilidade.